sábado, 11 de maio de 2013

A pipoca - retomando as reflexões










Retomando minhas publicações neste blog e aproveitando a caprichosa e coerente ilustração de nossa colega Glenia a acima, quero registrar minhas reflexões sobre o texto "A pipoca" de Rubens Alves discutido em aulas anteriores.

Conforme as reflexões do texto, existe o milho com tamanho adequado ao comércio de grãos (produção de alimentos, óleo, combustível) e outro tipo de milho que fadado ao descarte, em virtude de seu tamanho, apresentaram, sob uma ação inovadora, uma nova possibilidade consumo: o milho de pipoca. Este milho, aquecido em uma panela com óleo, em sua maioria, estoura, transformando-se em pipoca. Já os milhos que não estouram são chamados de piruás.

Relacionado  com  nossas reflexões nas aulas sobre o currículo, podemos considerar que a panela é a sala de aula e o milho de pipoca são os alunos. Se o professor permanecer aquecendo seus alunos com água, ou seja, agindo de forma a simplesmente reproduzir o currículo formatado por aqueles que querem uniformizar os alunos, de fato, esta universalização será almejada. Deste modo, todos estes alunos jamais se transformaram em um aluno revolucionário, inovador, critico, ou seja, o milho continuará milho e jamais se transformará em pipoca. 

É necessário que o professor reflita sobre o currículo que lhe é apresentado e reformule-o em sua prática educativa considerando a realidade em que seus alunos estão inseridos. Ou seja, o aquecimento deve ser com o algo que provoque mudanças no estado daquele aluno. No caso da pipoca, o correto é usar o óleo. Este óleo utilizado pelo professor é composto de respeito a individualidade e da realidade do aluno, a busca no desenvolvimento da criticidade do aluno, da autonomia,  da responsabilidade do mesmo em ralação a sua educação e a sociedade. Som, com uma prática em sala de aula, pautada pela reflexão e critica sobre ao currículo prescrito, e a elaboração de ações que transformem de fato o aluno é que é possível tornar o aluno uma pipoca.

Mas, bem todos estes alunos responderão a sua ação de transformá-los em Pipoca. Alguns serão piruás. Estes, na minha visão, não irão para o lixo, como Rubem Alves afirmou. Quem não ficou procurando os piruás para morde-los. Eles sairão da panela e encontraram uma utilidade na sociedade e talvez serão felizes naquilo que forem úteis. Por que supervalorizarmos a pipoca e minimizarmos os Piruás?

Um último questionamento. Vimos que existem os milhos graúdos (mais valorizados) e o milho de Pipoca. Falamos sobre o milho de Pipoca. É possível, dentro deste contexto de currículo e da educação, estabelecermos quem, ou que, representaria o milho graúdo destinado a um mercado mais valorizado?

3 comentários:

  1. Muito boa reflexão Zaqueu, digna de um mestre. Todos nós somos importantes neste processo de aprendizagem das teorias de currículo, até mesmo os piruás.

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  2. Um conjunto de ideias bem articuladas e devidamente refletidas.

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