Retomando minhas publicações
neste blog e aproveitando a caprichosa e coerente ilustração de nossa colega
Glenia a acima, quero registrar minhas reflexões sobre o texto "A pipoca"
de Rubens Alves discutido em aulas anteriores.
Conforme as reflexões do
texto, existe o milho com tamanho adequado ao comércio de grãos (produção de
alimentos, óleo, combustível) e outro tipo de milho que fadado ao descarte, em virtude
de seu tamanho, apresentaram, sob uma ação inovadora, uma nova possibilidade
consumo: o milho de pipoca. Este milho, aquecido em uma panela com óleo, em sua
maioria, estoura, transformando-se em pipoca. Já os milhos que não estouram são
chamados de piruás.
Relacionado com nossas reflexões nas aulas sobre o currículo,
podemos considerar que a panela é a sala de aula e o milho de pipoca são os
alunos. Se o professor permanecer aquecendo seus alunos com água, ou seja, agindo
de forma a simplesmente reproduzir o currículo formatado por aqueles que querem
uniformizar os alunos, de fato, esta universalização será almejada. Deste modo,
todos estes alunos jamais se transformaram em um aluno revolucionário, inovador,
critico, ou seja, o milho continuará milho e jamais se transformará em pipoca.
É necessário que o professor
reflita sobre o currículo que lhe é apresentado e reformule-o em sua prática
educativa considerando a realidade em que seus alunos estão inseridos. Ou seja,
o aquecimento deve ser com o algo que provoque mudanças no estado daquele
aluno. No caso da pipoca, o correto é usar o óleo. Este óleo utilizado pelo
professor é composto de respeito a individualidade e da realidade do aluno, a
busca no desenvolvimento da criticidade do aluno, da autonomia, da responsabilidade do mesmo em ralação a sua educação
e a sociedade. Som, com uma prática em sala de aula, pautada pela reflexão e
critica sobre ao currículo prescrito, e a elaboração de ações que transformem
de fato o aluno é que é possível tornar o aluno uma pipoca.
Mas, bem todos estes alunos
responderão a sua ação de transformá-los em Pipoca. Alguns serão piruás. Estes,
na minha visão, não irão para o lixo, como Rubem Alves afirmou. Quem não ficou
procurando os piruás para morde-los. Eles sairão da panela e encontraram uma utilidade
na sociedade e talvez serão felizes naquilo que forem úteis. Por que
supervalorizarmos a pipoca e minimizarmos os Piruás?
Um último questionamento. Vimos
que existem os milhos graúdos (mais valorizados) e o milho de Pipoca. Falamos
sobre o milho de Pipoca. É possível, dentro deste contexto de currículo e da
educação, estabelecermos quem, ou que, representaria o milho graúdo destinado a
um mercado mais valorizado?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito boa reflexão Zaqueu, digna de um mestre. Todos nós somos importantes neste processo de aprendizagem das teorias de currículo, até mesmo os piruás.
ResponderExcluirUm conjunto de ideias bem articuladas e devidamente refletidas.
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