Tipo: Livro (capítulo 2)
Assunto /
tema: Currículo
/ Teoria Crítica de Currículo
Referência
bibliográfica: MOREIRA, A. F. & SILVA, T. T. Currículo,
cultura e Sociedade (orgs.). 10a. Ed. São Paulo: Cortez, 2008.
Resumo /
conteúdo de interesse:
Este
capítulo busca discutir essencialmente a relação entre Ideologia e Currículo.
Reforça que o currículo está diretamente relacionado aos conflitos de classe,
de raça, sexo, e de religião e os educadores não podem fechar os olhos para
esta realidade de desigualdades de relações de poder. De acordo com o autor devemos
olhar de forma crítica como o currículo e as práticas ideológicas e fazem na
escola e como a própria escola produz conhecimentos e práticas para legitimizar
as desigualdades de poder e econômicas. Ele afirma que a reprodução cultural
não é único fenômeno que ocorre nas escolas. Existe movimento contra-hegemonicos
de resistência ao modo pelo qual o poder é exercido na escola. O autor afirma
que as críticas o liberalismo devem ser feitas e aceitas, porém devem ser
avaliadas suas reais intenções. Também destaca que a cultura comum deve criar
condições para que todos possam participar da formulação e reformulação dos
conceitos e valores e não ser algo uniforme e homogênea. E por fim, o autor
destaca que é necessário participar da discussão de sua própria prática e
reformulá-la sempre.
Citações:
1) "Ideias são armas (se me
perdoam a expressão militarista e um tanto machista); espalha-las em contextos
autoritários é um ato subversivo, as vezes perigoso, e ao mesmo tempo,
absolutamente essencial." (pag. 55)
2) “Nossa tarefa é ensinar e
aprender; levar nossas indagações tão a sério quanto o tema requer; e receber
as criticas que nos fazem respeitosa e abertamente; desejá-las mesmo, para que
também possamos ser convocados a questionar e reformular nosso próprio senso comum
da mesma forma que pedimos aos outros – por exemplo a você leitor – que questionarem
o seu." (pag. 55).
Considerações do pesquisador
(aluno):
O texto propõe
a pensarmos que o currículo é um campo de conflitos de classes e nós, professores,
não podemos ignorar a como as questões ideológicas definem o curriculo e como a
escola é o local de legitimação de desigualdade de poder. Deste modo, o texto
instiga-nos a agirmos de forma crítica na escola refletindo sobre as práticas educativas
e participando dos movimentos de resistência ao currículo imposto.
Indicação da obra:
Professores
e pesquisadores na área da educação, em especial sobre teorias críticas do
currículo.
E que esses movimentos de resistência desmontem a estrutura de poder que caracteriza o currículo. Mais um fichamento bem posto!
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